Quem é que manda em casa: você ou o seu cão? A sua resposta dirá muito sobre si e o tipo de tutor que é. E não é vergonha nenhuma pedir ajuda quando concluímos que não somos capazes de disciplinar o animal. Por mais que goste do seu cão, por mais que se derreta com as brincadeiras dele, há limites que têm de ser impostos logo no início, sob pena da relação se tornar ingovernável.
É para estes casos que existe o Instituto do Animal, que anuncia ser “a única escola em Portugal dedicada em exclusivo à educação cientificamente fundamentada de animais de companhia, dos seus donos e de todos os profissionais do sector”.
A diretora-geral do instituto sublinha o trabalho que tem sido feito desde 2015, ano da fundação. “Somos a única entidade que reúne todas as valências formativas para tutores, treinadores e outros cuidadores e veterinários”. “A nível de treino, por exemplo, há um grande amadorismo em Portugal. Muitos não têm vergonha em assumir que o que aprenderam foi através de tutoriais no Youtube. Ora, isso não pode ser. Há muitos treinadores e pseudotreinadores que não têm qualquer formação científica”, afirma Sílvia Machado à PiT.
A responsável garante que “no Instituto do Animal todos os funcionários têm formação”. “Temos médicos veterinários com mestrado em comportamento ou com pós-graduações, e mesmo o pessoal auxiliar tem pequenas formações práticas que os habilitam a trabalhar na creche, por exemplo”, afirma a diretora-geral, que lamenta que não haja em Portugal qualquer tipo de controlo para estas atividades.
Comportamentos do dia a dia
Sílvia Machado destaca “a variedade de cursos” que o Instituto dá. “Desde cursos para veterinários e treinadores até pequenas formações para tutores resolverem questões do dia a dia”, no relacionamento com os patudos. É o caso da série Notas Soltas – Breves Seminários de Educação Canina, que se realiza todos os sábados, entre as 11 e as 12 horas, por um custo unitário de 20€. Ao todo são seis seminários que “ajudam os donos a compreender os comportamentos desviantes e sobretudo a prevenir que estes se instalem nos seus cães”.
O próximo acontece já no sábado, dia 9 de abril e chama-se “Sozinho em Casa”. É uma formação muito prática de apenas uma hora e procura partilhar “estratégias para o cão aprender a ficar sozinho, sem sofrer nem ladrar excessivamente e sem danificar nada em casa”.
“É um dos nossos seminários mais concorridos. Nos últimos dois anos, com a pandemia, muitos animais passaram a ter os donos sempre em casa e agora que a vida volta ao normal, não é fácil voltar a essa rotina. Há uma excessiva dependência dos cães em relação aos seus tutores”, afirma Sílvia Machado, acrescentando que “metade das consultas de comportamento no Instituto do Animal tem a ver com a ansiedade por separação”.
Para lá do “Sozinho em Casa” do próximo sábado, existem mais cinco seminários, nos sábados seguintes, sempre à mesma hora e com o mesmo preço. Percorra a galeria e descubra quais as formações em que pode inscrever-se.